Essa com certeza foi a WishList mais difícil de fazer dessas semanas de moda. Tinha tanta coisa linda na passarela, eu acabei selecionando um monte, e fui eliminando porque senão seria um mega post, não uma lista de desejos. Pois aqui estão meus escolhidos de Paris, num Top 12, porque nem em 10 consegui chegar.Rsrs. Quero já!
1.Balmain 2.Chanel 3.Dior 4.Dior 5. Hermès 6.Issey Miyake 7.Lanvin 8.Miu Miu 9.Nina Ricci 10.Thierry Mugler 11.Ungaro 12.Viktor & Rolf
Última semana de moda dessa temporada, mas também a mais importante, a Paris Fashion Week ou também chamada Prêt-à-Porter Paris terminou dia 11, quinta-feira passada. Sempre com muitas inovações, os mais renomados estilistas mostraram suas coleções, e aqui no blog você verá um resumo dessa temporada de inverno 2010 de Paris.
O preto, como também nas outras capitais que tiveram desfiles, foi unânime. O branco também apareceu, mas a grande surpresa foram os vários coloridos que apareceram.
1.Balmain 2.Gareth Pugh 3.Giambatista Valli 4.Givenchy 5.Haider Ackermann 6.Junya Watanabe 7.Karl Lagerfeld 8.Comme des Garçons 9.Yohji Yamamoto 10.Costume National 11.Lanvin 12.Miu Miu 13.Pedro Lourenço 14.Stella McCartney 15.YSL
1.Comme de Garçons 2.Stella McCartney 3.Valentino 4.Karl Lagerfeld 5.John Galliano 6.Chanel 7.Hermès
1.Balmain 2.Rochas 3.Cacharel 4.John Galliano 5.YSL 6. Manish Arora 7.Miu Miu 8.Balenciaga 9.Ann Demeulemeester 10.Chloé 11.Issey Miyake 12.Stella McCartney 13.Martin Margiela 14.Valentino 15.YSL
Assim como nas outras semanas de moda, em Paris peças confortáveis e macacões são tendências. A novidade da capital francesa são as estampas de florais, que normalmente aparecem no verão, vieram para florir o inverno.
1.A.F.Vandevorst 2. Celine 3.Jean Paul Gaultier 4.Thierry Mugler 5.Chanel 6.Hermès 7.Dior 8.Chloé 9.Sonia Rykiel 10.Dries Van Noten
1.YSL 2.Thierry Mugler 3.Kenzo 4.Ungaro 5.Chanel 6.Sonia Rykiel 7.Jean Paul Gaultier 8. Anne Valérie Hash 9.Manish Arora
1.Louis Vuitton 2.Jean Paul Gaultier 3.John Galliano 4.Dior 5.John Galliano 6.Vivienne Westwood 7.Kenzo
Essa foi a última coleção de Alexander McQueen, finalizada pelo estilista dias antes de seu suicídio. Num desfile fechado para poucos jornalistas a coleção veio num clima medieval, com formas inspiradas nas vestes religiosas e da monarquia britânica, e estampas como pinturas de Bosch. Uma coleção com extrema habilidade técnica, com o ar teatral sempre presente de McQueen, e que assim como o estilista deixarão saudades no mundo da moda.
Aqui está um resumo dos looks mais bacanas que rolaram na semana de moda feminina de Milão para o Inverno 2010.
O preto, como cor máxima de inverno apareceu em peso. Em contra-ponto o branco veio em pouquíssimos looks. E as cores vieram como ponto de luz em vários desfiles.
1. Alberta Ferreti 2. Bottega Veneta 3. Dolce & Gabbana 4. DSquared² 5. Emporio Armani 6. Fendi 7. Giorgio Armani 8. Just Cavalli 9. Missoni 10. Prada
1. Alberta Ferreti 2. Gianfranco Ferré 3. Gucci 4. Roberto Cavalli
1. Aquiliano.Rimondi 2. Versace 3. Giorgio Armani 4. Versus 5. Marni 6. Emporio Armani 7. Versace
Tendências boas para esse inverno são roupas confortáveis e os macacões como peças únicas.
1. D&G 2. Missoni 3. Jil Sander 4. Alberta Ferreti
1. Salvatore Ferragamo 2. Emilio Pucci 3. Jil Sander 4. D&G 5. Bottega Veneta 6. DSquared²
Desde o começo de fevereiro aconteceram duas importantes semanas de moda no mundo, a de NY e a de Londres. E até essa semana está acontecendo a de Milão e irá ocorrer a de Paris também.
Mas este post é para mostrar um pouquinho o que rolou na temporada de Inverno 2010 das duas primeiras semanas.
Vamos começar com os pretos, já que é a cor ícone do inverno.
1. Alexander Wang 2. Carolina Herrera 3. Derek Lam 4. Diane Von Furstenberg 5. Diesel 6. DKNY 7. Donna Karan 8. Hervé Léger 9. Marc by Marc Jacobs 10. Narciso Rodriguez
1. Ohne Titel 2. Preen 3. Tommy Hilfiger 4. Aquascutum 5. Aquascutum 6. Christopher Kane 7. Louise Goldin 8. Paul Smith 9. Unique
O branco também aparece em várias coleções.
1. Calvin Klein 2. Diesel 3. Erin Wasson 4. Hervé Léger 5. Jason Wu 6. Marc Jacobs 7. Rodarte 8. Thakoon 9. Marios Schwab
Saindo do P&B, as cores vieram como pontos de luz na temporada.
1. 3.1 Philip Lim 2. Calvin Klein 3. Donna Karan 4. Thakoon 5. Vivienne Westwood Red Label 6. Halston 7. Lacoste 8. Carlos Miele 9. House of Holland 10. Matthew Williamson
Quem acompanhou a cobertura do SPFW e do Fashion Rio aqui pelo blog sabe que o militarismo vem com tudo nessa temporada de inverno. Lá fora também não foi diferente.
1. Ohne Titel 2. Rag & Bone 3. Burberry Prorsum 4. Unique
Inverno não é só sinônimo de elegância, é também de conforto, olha só. E sempre é possível misturar esses dois.
1. 3.1 Philip Lim 2. Carlos Miele 3. Diane Von Furstenberg 4. Erin Wasson 5. Lacoste 6. Marc by Marc Jacobs 7. Rag & Bone 8. Marios Schwab 9. Mulberry 10. Peter Pilotto
Por fim, mas não menos importante, alguns modelos masculinos para o inverno 2010.
1. 3.1 Philip Lim 2. 3.1 Philip Lim 3. Calvin Klein 4. Calvin Klein 5. Diesel 6. Lacoste 7. Lacoste 8. Marc by Marc Jacobs 9. Tommy Hilfiger 10. Burberry Prorsum
O próximo post vai ser uma WishList das duas semanas de moda. E aguardem ainda essa semana Semana de moda de Milão, e em breve Prêt-à-Porter Paris.
Para encerrar essa temporada de inverno 2010 da São Paulo Fashion Week, André Lima e sua coleção dramática.
Neste inverno, os vestidos para coquetéis e festas de André são alheios ao frio, minis e justos em sua maioria. O tamanho só aumenta com ombreiras enormes e mangas bufantes. Diferentes tecidos, algumas padronagens e variadas texturas compõem os looks, mais ou menos assim, por exemplo, três tecidos, patchwork enviesado, estampa e brilho, tudo num look só. Estampa oriental, geometrias, laços oversized, ‘fuxicos’, e jumbo dots também aparecem na coleção. Destaque para o casaco preto com dobraduras que formam ombreiras, o look esmeralda, e o mini vestido com dois tecidos divididos por uma aplicação de babados que formam a letra ‘S’.
Acabamento impecável, modelagens inovadoras, execução perfeita. É com maestria que André Lima encerra essa edição do SPFW.
Estilistas, stylists, maquiadores e designers na passarela?? Pois sim!! Aconteceu na SPFW, no desfile de inverno da marca Do Estilista, de Marcelo Sommer, pessoas da moda viraram modelos, além dos próprios modelos. Como numa marcha, vinham com roupas rasgadas e trituradas.
O tule é rasgado e transformado em saias rodadas de vestidos que viram luxo graças à renda aparente. Leggings de tricô e crochê deram um toque especial. Tricôs aparecem também com pontos inacabados. Vestidos escuros, vestidos tutus, camisetas surradas, mangas bufantes, jaquetas de pele de jacaré com recortes que lembram elefantes, saias médias, bermudas, calças de couro, barra dobrada, blazer xadrez e colete de moletom com pelugem.
Alexandre Herchcovitch entrou com um sobretudo de lã preto. Além dele Dudu Bertholini, Piti Taliani, Fabia Bercsek, o designer Leon e outras personalidades do mundo fashion. Luciana Curtis encerra o desfile com estamparia animal, trazendo cor à coleção. Outros pontos de luz vieram nos vestidos dourados e acessórios em prata.
Do Estilista traz uma coleção fora do comum, ou nem tanto assim.
A Reserva me conquistou na temporada passada, não só por seus looks, mas pelo seu humor. O desfile abre com Marco Luque lendo um texto sobre a efemeridade da fama – o tema da grife foram os 15 minutos de fama. A trilha sonora começa com ‘Les Miserables’ na voz de Susan Boyle cortada por ‘A melhor banda de todos os tempos da última semana’, dos Titãs junto com um look de blusa turtleneck brilhante e semitransparente sob colete camuflado com matelassê, luvas de ciclista, calças e botas de couro.
Alfaiataria moderna vem em jaquetas tricotadas e peças com lã pesada. O roxo e o verde quebram os pretos e cinzas da coleção. Xadrezes e hoodies também aparecem. Destaque a todo o processo de criação da marca. Blazeres sem mangas, camisas quadriculadas, listras, vários comprimentos, tricôs emborrachados, matelassês e maxi tricô misturado com fios de Lurex mostram um inverno impecável e hype.
O desfile com certeza é um dos melhores masculinos da temporada. Camisas, camisetas, moletons, calças, cardigans, blazeres, casacos e coletes compõem uma coleção de alta qualidade que pode ir já para os armários masculinos.
Carlota Joakina de Camila Bertolote traz mais tecidos naturais e vem mais romântica para o inverno 2010.
A inspiração foi a anatomia das flores, que apareceu não apenas nas estampas, mas também em formas mais soltas e numa delicadeza nada óbvia. Vestidos leves dividem a passarela com peças estruturadas (como jaquetas com ilhoses e saias com alto relevo em couro). Meias e luvas de tricô dão mais delicadeza aos looks. Laços metalizados e zíperes aparentes em vestidos nude quebram tanto romantismo.
Com um desfile com boa informação de moda, a Carlota Joakina ganha destaque nesta temporada.
Isabela Capeto trabalhou um tema subjetivo para seu inverno 2010, os filtros de informação, o que resultou numa imagem mais contemporânea e menos leve.
É nos bordados, aplicações e babados que traduzem esse filtro, num mix de referências étnicas e de sobreposições de peças com tecidos de pesos e proporções diferentes. A coleção tem itens de desejo como os vestidos vermelhos leves, os pretos com ombros marcados com penas coloridas, terninhos amplos e a sequência de rosas no final.
Trazendo seu tradicional lado étnico, Isabela se modernizou dentro de seu próprio mundo.
Lino Villaventura disse em seu release “calcei as sandálias de Hermes e voei na imaginação”. Foi assim que fez tudo o que gosta e sabe fazer muito bem como um verdadeiro artesão: torceu, bordou e pintou seus materiais favoritos: renda, tule, gaze, seda e organza.
A novidade é que criou suas modelagens em roupas também, trazendo tailleur sequinhos, paletó acinturado com saia na altura do joelho e efeitos matelassê. Os vestidos de festas vieram sexy e curtos, para clientes mais jovens. Mas com seus plissados, bordados, plumas e construções incríveis.
Lino não é só técnica e informação, ele faz a moda da sua imaginação e é isso que encanta suas clientes.
A alfaiataria ganha destaque no inverno de Wilson Ranieri. Sempre trabalhando com moulage, o estilista deu um toque bem feminino a coleção.
Wilson brinca com as construções e volumes. Saias amplas viram calças, mangas de blusas e casacos vêm grandes, blazers aparecem encurtados. Vestidos com volumes e detalhes são de malha fininha cinza ou rosa ou xadrez, outros são encorpados com o tweed.
Contrapondo tecidos planos em cinza ou rosa com outros sintéticos reluzentes, ele trabalha com brilhos e opacidades de forma interessante, se arriscando na criação de formas nada convencionais.
Um trabalho delicado, cheio de leveza e autoral ao mesmo tempo.
Dudu Bertholini e Rita Comparato, à frente da Neon, viajaram ao Panamá para criarem a coleção de inverno. Principalmente às molas com desenhos de animais – artesanato local feito com a sobreposição de várias cores de algodão. A coleção inteira é dedicadas aos bichos.
Na passarela um leão gigante de madeira antiga observava os outros bichos desfilarem, e teve coruja, elefante, beija-flor, flamingo, morcego, zebra, arraia e tucano – na roupa!! O flamingo e o beija-flor apareceram na forma de macacão super justo; num kaftã a coruja; num vestido-capa de couro surge a arraia; o morcego vem numa capa preta; em vestidos de um ombro só vieram o tucano e a zebra; um casaco com ‘dentes’ representam o rosto do elefante; tudo isso de um modo extremamente criativo. Para acompanhar a bicharada modelos – caçadoras do bem com referências inglesas entraram com saia-lápis, turbante de couro e estampa pied-de-poule. Apareceram também modelagens amplas. Calças tipo cenoura e pescador em camurça, chita e seda. O poncho aparece como vestido, a legging vem preta e básica, e tem até saia bandagem e tricô.
Elegante, sofisticada, selvagem e exuberante e bem-humorada. Assim é a coleção de inverno da Neon.
Jefferson Kulig propôs para o inverno 2010 uma moda para todas as mulheres do mundo. “Não existe mais um só estilo, uma só tribo, uma só mulher”, disse o estilista.
Formas estruturadas vieram com soltinhas, assim como o tecido emborrachado TK veio com o tweed de sisal. Elementos tribais em formas futuristas estruturadas. O objetivo era fazer uma mistura de referências. Tecidos leves, até transparentes apareceram em ombros estruturados e arredondados e em golas altas, contrapondo vestidos soltinhos. A série de vestidos de jérsei drapeados e com maxi paetês que fecha o desfile é muito boa.
O inverno de Jefferson Kulig uniu tudo numa coisa só, num verdadeiro jogo de contrastes, sendo considerado um dos melhores momentos da carreira do estilista.
Um vídeo conceitual junto com uma coleção de moda? Sim, foi assim que Oestúdio fez, e ainda com mensagens de impacto sendo reproduzidas. Os estilistas explicaram: “Hoje não desfilaremos uma coleção, desfilaremos o início de uma concessão para que todos saiam daqui com suas próprias palavras”. Numa mistura de tecnologia e moda, algumas coisas perderam o sentido.
Dois modelos entram com camisões de flanela xadrezes, calças curtas e coloridas de roxo, laranja e verde e botinha com franjas. De repente a imagem de uma criança de 11 anos, deficiente física, é projetada em meio à passarela virtual, com a seguinte legenda: “Com paralisia cerebral, ninguém conseguiu criar um colete capaz de sustentar seu corpo”. Daí o colete preto de sustentação do menino vai para o corpo da modelo, e o intuito era fazer pensar. Além disso, túnicas em preto com capuz, bermudas de alfaiatarias, maxi moletons de zíper.
Apesar de complexo para que cada pessoa interprete as roupas à sua própria maneira
Parece que esta temporada é mesmo de Alexandre Herchcovitch, primeiro com a Rosa Chá, depois em sua coleção feminina e agora na masculina. Foi inspirado no filme “O Sétimo Selo”, do sueco Ingmar Bergman, que o estilista abriu o penúltimo dia de SPFW com a obscuridade do filme em sua coleção.
O filme + o tema morte traz as passarelas modelos com cara pintada de caveira (não só pelo significado, mas também por ser a marca registrada de Alexandre). Os primeiros looks trazem capas, calças e camisas pretas transparentes que são sobrepostas. O tabuleiro de xadrez aparece convertido em estampa em camisa, calça, paletó e até numa saia que lembra o kilt escocês. Depois vêm os looks pretos com alfaiataria ampla e boa modelagem num verdadeiro jogo, cintos aparecem pela metade jaquetas viram trench-coats que viram ponchos que viram capa, para quebrar um pouco o black total aparecem estampas em p&b. Calças oversized, com barras dobradas e cós alto fazem referencia à Morte, e listras remetem ao diabo. Fios de lurex em moletons dão um brilho diferente ao tecido. No final casacos com fendas e zíperes aparecem em casacos pretos com capuzes representando a Morte.
Alexandre Herchcovitch trabalhou sobre um tema o qual é mestre! E muito bem!
Inspirado no futuro e na passagem do tempo, o inverno da Animale fez uso de tecnologias avançadas: cortes lapidados, fendas feitas à laser, estampas fotográficas tridimensionais, lã feltrada, camurça com textura de lã, couro estampado com nanocorantes e beneficiamento resinado. Esses tratamentos deram aos tecidos um aspecto de desgastados, como se já tivessem sido usados, e essa era a ideia mesmo.
As peças, em sua maioria, aparecem sequinhas, curtas e com cintura marcada. Os looks vieram num mix de tecidos leves com pesados em silhueta rígida com fluída, e tanta informação fez com que as estampas acabassem dando uma poluída no geral. A melhor parte do desfile veio nos vestidos em tons pastel de lã feltrada. A cartela de cores tem azul claro, rosa claro, vermelho e vinho.
O ponto de partida para a coleção de inverno da 2nd Floor foi o jogo detetive. Com tal tema era inevitável não falar de Sherlock Holmes e transformar seu famoso trench coat na peça-chave da coleção. Ele começa em sua versão tradicional, com legging e camisa com micro estampa do rosto do detetive. Durante o desfile vai sendo desconstruído, ficando mais curto, virando vestido, pelerine, blusas até virar sobreposições de painéis geométricos nos últimos vestidos da coleção.
Mas não foi só isso. Tem também jeans escuros e desgastados com modelagens amplas ou skinny,casacos, maxi pregas, estampa de mini facas, e mascaras de tricô. Além das peças com mistura de tricô com moletom ou lã. Em saias e vestidos o comprimento é mini. Os recortes e pedrarias deixam a coleção sofisticada.
Descolada e jovem a 2nd Floor traz o que há de mais atual para sua coleção inverno 2010.
A Huis Clos aposta em crus, cremes e marrons para este inverno. Sob direção criativa de Sara Kawasaki, a coleção retoma a silhueta ampla mais conhecida da marca.
As modelos entram com turbantes na cabeça. Vestidos e casacos vêm em laise de lã, e outros com plumas nas mangas. Decotes e transparências dão o toque de sensualidade. Mangas princesa aparecem dando volume aos ombros. A estampa pé-de-galinha surge em versão cru e cinza. O cinza aparece em vestidos mais sequinhos. Franjas sobre blusas de organza dão um movimento diferente às peças. A marca misturou seda e lã em vários looks. Com cavas até a cintura e fendas a ideia era mostrar o forro.
Huis Clos prevê um inverno fresquinho e leve!
O desfile de inverno da Amapô começou assim: cenário marcante, trilha forte e Fernanda Lima com um vestido jeans feito de tiras e unidos por zíperes. Com certeza o que viria pela frente seria tão bom ou melhor. A técnica foi usada também em calças, saias, e casacos fazendo com que as peças ganhassem vazados inesperados.
O tema eram os sem-tetos do Bom Retiro, e o modo como Carol Gold e Piti Taliani interpretaram tal foi brilhante. Looks lindos, detalhes únicos: vestido de tiras, zíperes e manga volumosa e estampa Amapô; estampas coloridas aparecem com retalhos de jornal e com aspecto de roupa encardida em casacos e vestidos com mangas bufantes; tachas em tamanho maxi e em diversas cores; saia e paletó com um tecido xadrez amarrotado e volumoso; calça oversized sustentada por suspensórios lapela; mangas amarrando paletós e saias; moletons e casacos que confundem formas femininas e masculinas; cintos clássicos foram usados com fivelas de caubóis, e mais uma imensidade de peças incríveis!! Tudo super atual e com identidade própria da marca. A bolsa sacola de couro é peça chave e prática.
Uma palavra para definir o desfile? Original! Hype como a Amapô. Um dos melhores desfiles da temporada!
Erika Ikezili inspirou-se nos trabalhos de Fred Eerdekens, Mira Schendel e Kumi Yamashita para trazer ao inverno 2010 a tensão entre linguagem e arte figurativa.
Tons de cinzas, vinho, verde-água, lilás, cru e pêssego trazem suavidade à coleção que vem com belos vestidos, calças e camisas, com um toque de anos 20. Algumas peças tem enormes fendas que não vulgarizam o look pois estão sobrepostas a outros vestidos. A estamparia aparece em dois momentos, num primeiro como sopa de letras – bem interessante; e num segundo com geometrias. As formas apareceram oversized com mais volume nos ombros e cintura baixa.
Erika tem como marca registrada origamis que dessa vez veio no fim do desfile com sobreposições, babados, dobraduras, plissados, laços e recortes. A aposta da marca é a gaze artesanal com aplicações em vinho. Outros materiais como seda, algodão, malhas e tule de malha também foram usados. Tudo isso numa coleção bonita de ser vista, suave de ser tocada e leve para se usar.
Assim como na temporada de verão, o grande destaque de Gloria Coelho para este inverno foi a modelagem. Como tema a sustentabilidade através de sua própria visão, está coleção foi quase que uma continuidade da passada. Mas Gloria explica: “Tudo na natureza é feito de repetições de DNA, o, os flocos de neve, a energia solar”.
O desfile começa com tiras de tecidos encorpados intercaladas com transparências, em vestidos curtinhos com ombros marcados. Depois vestidos com as mesmas tiras só que essas ondulavam na frente e nas costas e vieram com volumes inflados nas golas e saias. Delicados plissados feitos tira a tira aparecem meio a amassados propositais. Interessante reparar o trabalho das penas, no começo estão em aplicações horizontais, depois se misturam com plumas, a seguir tomam o lugar do próprio tecido até por fim se transformarem num casaco repleto de plumas. Luxo. Destaque para polainas de couro coloridas no pé e segundas peles lindamente bordadas com pedrarias.
Por mais que alguns momentos não tivessem o frescor de novidades, Gloria continua sendo ótima em suas construções.
A Triton encerrou este terceiro dia do SPFW inspirada no bairro Harajuku – bairrinho cool de Tóquio!! – numa coleção para as adolescentes que amam brilho, misturas e gostam de ousar no estilo.
Em parceria com Lovefoxxx, a marca lançou estampas de teia de aranha, corujas e cogumelos, trabalhadas até nas legging que podiam ser segunda pele. As modelos entram com kepe de paquita na cabeça e vestindo casacos, calças molengas e oversized, microvestidos (com maxi gola de tule flúor verde, amarelo e preto!), sainhas, paetês e lantejoulas, e para completar o visual uma plataforma altíssima em madeira. Falsos tricôs são estamparia digital furta cor e vem em leggings, peças de roupas e até mochila. Para aumentar o brilho pastilhas metálicas vêm nos vestidos ao lado de furinhos.
Um desfile bem animado, divertido e colorido, cheio de opções para garotas estilosas.
A Ellus trouxe o que estamos habituados a ver em sua coleção de inverno. Roupas pretas, calças justas, camisaria bem feita, jaquetas e trench coats de couro (que de diferentes tinham o longo comprimento e vazados com transparências). Para quebrar o preto detalhes em azul cobalto, vermelho e amarelo.
Trazendo os anos 90 para a passarela vieram os sintéticos nos abrigos, camisetas e vestidos. Mas com um toque de sportswear, através de apliques e ajustadores que aparecem nas parkas, nos paletós, nos casacos, e até nos vestidos.
O grande destaque da marca ficou para os materiais usados, entre eles uma mistura de índigo e couro chamado de leather denim que é a aposta da marca. Os melhores looks ficaram para a top Cintia Dicker que fechou o desfile com um body de couro com transparência, e para Jesus Luz – o namorado da Madonna – num look inteiro de couro.
Fabia Bercsek inspirou-se na heroína francesa Joana d’Arc e na personagem Billie Jean Davy – interpretada pela atriz Helen Slater no filme “A Lenda de Billie Jean”- para construir a coleção de inverno intitulada Jeanne Gang para guerreiras românticas.
A coleção trouxe vestidos cheios de babados, shorts de alfaiataria e calça alongada aparece em camurça. Mantôs, capas e saias aparecem neste mesmo tecido e também em couro, algodão e veludo de seda. Nas jaquetas a mistura de materiais com franjas e tachas. Além disso, a estilista propõe tricô manual em algumas peças, com efeito de patchwork. A cintura vem marcada com cinto, e há trabalho de pedraria. A cartela de cores é composta pelo bordô, violeta, marrom, prata, bronze, branco e off-white.
No pé, ou botas longas com canutilho que remete a munição das armas de fogo, ou botinha de bico fino e cano mais curto. Com um toque rock’n’roll – marca de Fabia – mas com um uma pitada esotéricas.
Numa mistura de influências – ilustrações da americana Amy Cutler, patinação artística e o formato do corpo da apresentadora Nigella Lawson – Simone Nunes cria seu inverno 2010
Das ilustrações, vieram as texturas dos tecidos, os acessórios e os apliques das roupas. Da patinação, recortes, franjas, torcidos, drapeados, ombros secos, e sem volume como o collant usado pelas esportistas. Dessas ainda vem a mistura de materiais, entre eles malha com lycra, lã com linho, tule, lamê, tricoline, gabardine, veludo e napa. Das formas de Nigella, veio o volume no quadril. Apostou também na cintura marcada e comprimentos curtos em vestidos, saias, e até casacos curinhos e sequinhos com volume localizado. Tudo numa cartela de cores com vermelho, bege, marrom, verde, cinza, rosa, prata e dourado.
Quando se fala de Ronaldo Fraga, se fala de emoção. Ele vai além de tendências, e como todo bom mestre da moda ele alinhava suas ideias entre tramas (que tantas vezes nos são desconhecidas), afim de contar a história escolhida da vez, e que quando estamos vendo esse desenrolar nos pegamos emocionados, ou cheios de sentimentos relembrados, que poucos conseguem nos fazer sentir quando assistimos a um desfile de moda. E não porque deixamos de sentir que não gostamos, não mesmo, é só que quando se sente, em frações de segundo tal roupa ganha mais vida ainda. Não é a toa que é um dos desfiles mais esperados da temporada.
Dessa vez Ronaldo inspirou-se na bailarina alemã Pina Bausch (falecida ano passado), e que assim como nosso estilista expressava sentimentos através de sua arte, a dança. O espetáculo começa com Paula Cançado, bailarina do Grupo Corpo, fazendo referência à peça Cravos, de Pina, que segundo o estilista foi a primeira cena dela a ficar em sua memória. Logo de cara uma surpresa, as modelos entram com máscaras com o rosto nas costas e cabelos no rosto, que remete ao contorcionismo da bailarina. Tal inversão frente-verso aparece também em alguns looks, como por exemplo, a frente de um blazer ou vestidos aparece nas costa, os ombros pontudos vão para o peito.
Quem conhece o trabalho do estilista sabe, ele sempre traz modelagens diferenciadas e amplas. E dessa vez não foi diferente. Silhuetas soltinhas apareceram em várias peças da coleção. Para esse inverno, o estilista propõe também a mistura de texturas com o preto – podem ser listras, tecidos brilhantes, o que quiser – mais que isso ele mistura lurex com padronagens masculinas densas. O vestido inteiro bordado com flores de ráfia é muito lindo e chamou a atenção. Casacos e calças de alfaiataria, e meias vazadas também ganham destaque. Tudo isso numa cartela de cores com preto, cinza, vinho, dourado e pontuais turquesas.
A moda de Ronaldo não é só para pensar, é para sentir, para emocionar. E nós não nos cansamos nem um pouco disso!!
O Amazonas é a inspiração do estilista Valdemar Iódice. Através de lendas, cores e imagens da floresta foi criada a coleção de inverno 2010 da marca para uma mulher contemporânea e urbana. Assim começa o terceiro dia da São Paulo Fashion Week.
A modelagem das roupas foi inspirada nas curvas dos rios, logo as peças acompanham as curvas do corpo feminino. Vestidos de jérsei com pregas, drapeados, ombreiras e plumas apareceram em bege, preto e roxo em modelos de um ombro só, ou tomara-que-caia, ou com mangas assimétricas. Os vestidos com amarrações de ilhoses e os pretos de lã usados com leggings rendadas e com paetês se destacam. As rendas que aparecem no desfile têm contornos étnicos que remetem às pinturas corporais dos povos indígenas da região.
A cartela de cores, além das já citadas acima, veio inspirada na reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá, com laranja, amarelo, azul e branco. Além da estampa super tropical feitas à mão na Itália de pássaros e borboletas. As bijuterias feitas de sementes de tucumã, miçangas e cipós são lindíssimas.
Uma coleção a favor da preservação do meio-ambiente e no tom certo e elegante para clientes Iódice.
Para fechar bem esse segundo dia de São Paulo Fashion Week, Samuel Cirnansck. A inspiração do estilista para o inverno 2010 foi nos mobiliários do inglês Thomas Chippendale, conhecido por seus móveis pesados e com linhas curvas trabalhadas detalhadamente. Ícone de elegância e glamour, Chippendale abusava de referências francesas, chinesas e góticas.
Pois com tanta sofisticação quanto a de Thomaz, Samuel criou uma coleção de ‘mulheres-móveis’, a qual foi concretizada de modo marcante um vestido com uma mesa de sala de estar pendurada. É claro que tal referência apareceu durante todo o desfile, nas peças “almofadinhas-matelassê’ representavam sofás, travesseiros e almofadas; vestidos bordados remetem à tapeçaria; no styling as modelos usavam abajures como chapéus. Um destaque muito legal fica para o uso de silicone sobreposto à algumas peças.
Na cartela de cores pretos, brancos, cinzas, beges, dourados, nudes e vermelho aparecem em vestidos curtos e longos, com volumes ou sequinhos, assimétricos ou não. A coleção exuberante de inverno de Samuel com certeza dá uma vontadezinha em todas nós de sermos ‘mulheres-móveis’, mesmo que discretamente!
Eduardo Pombal, estilista à frente da marca fez uma coleção e tanto para o inverno 2010 da Forum. A mulher vem sensual e elegante, fendas e recortes mais discretos sobre t-shirts de gazar e seda numa coleção que traz o fetiche (completamente tendência!!) como tema.
Com cintura marcada e minis comprimentos, Eduardo trouxe a sensualidade disfarçada em mangas amplas e presas ao punho, assim como calças presas à panturrilha. O grande hit da coleção foram as chamadas saias-box com texturas e pregas incríveis.
Na cartela de cores muito preto, cinza, marinho, verde, e o pontual amarelo. Os materiais foram o neoprene de seda (que apareceu e destacou looks lindos), musseline, tafetá, crepe de lã e jacquard, que se misturam entre si. Além deles, atenção especial para o couro, que não só apareceu em detalhes, como também foi peça única em saias – numa espécie de couro tratado com efeito acetinado. Paetês também apareceram na coleção. E Eduardo Pombal cada vez mais se consagra como um grande estilista. Quero alguns vários vestidos da Forum.
Para o inverno 2010 a Cori uniu o trabalho da figurinista Edith Head e a alfaiataria dos anos 60. Gisele Nasser e Andrea Ribeiro mostraram que estão em sintonia e afinadas com as consumidoras da marca.
A alfaiataria aparece com lã de tons escuros criam jaquetas, blazeres e capas que com recortes ressaltam o corpo da mulher, e que se transformam em mini vestidos. Os ombros aparecem arredondados, calças skinny e blusas aparecem em couro maleável. Calças oversized e macacão justo também estão na coleção.
Num salto aos anos 80, as peças ganham um ar sexy, e uma estampa animal bordada sobre gazar de seda é destaque. A cartela de cores tem o preto, o chumbo, o roxo e o off-white.
E o acessório mais bacana é o cinto em malha metálica com fivela em forma de laço, bem moderno e romântico. Para a WishList já!
Alexandre Herchcovitch foi buscar novas texturas no Leste Europeu para o inverno 2010 e conseguiu um mix de etnias, pedras preciosas, turbantes, estampas multicoloridas – algumas até com relevo – cores e bordados russos e silhueta que lembra armadura. A impecável alfaiataria do estilista veio high low nessa estação, e fez dessa um desfile de tirar o fôlego.
É claro que apesar da delicadeza folk, o estilista traz um pouco do punk através de tachas, botas com fivelas, correntes de metal que pareciam de madeira, tecido rasgado, crochê com fios de cristal e sininhos, mas tudo de um modo bem chique. As mangas vêm com volume, as calças surgem com transparências e barras bordadas, o xadrez aparece em poucos looks, bordados na lã parecem rendas. Pra completar a mistura, maxi paetês e estampas que lembram mosaicos russos. Para deixar os fashionistas ainda mais apaixonados pela coleção, Alexandre trouxe vestidos, blusas e calças de crochê bordados em uma silhueta estruturada.
Não tem como negar, assim como mostrou na Rosa Chá, Alexandre Herchcovitch sabe como agradar seus fãs.
A marca Maria Garcia traz o tema “Street Chic Anos 90” para o inverno 2010. Sob o comando de Camila Cutolo, a segunda marca da Huis Clos é para meninas que passaram a adolescência nos anos 1990.
Sem decotes óbvios, ou mini-saias, a coleção é feminina mas com peças que podiam ser de meninos, como shortinhos, jardineiras e macacões em tecidos leves como georgette de seda. Mas também tem um pouco de streetwear com o moletom, e roupas para festas com bordados e lurex.
Destaque para as jaquetas estruturadas e os vestidos rosa-shocking e vermelho. A menina de Maria Garcia está mais segura do que nunca, ousando cada vez mais não só nas formas, mas também na atitude.
Para o inverno 2010 Reinaldo Lourenço inspirou-se no militarismo da década de 1940 e também nas mulheres de oficiais dessa época em coquetéis cheios de honrarias.
Do militarismo vêm os melhores looks da coleção em lãs caneladas aparecem em jaquetas com couro, calças sequinhas – mas com boca larga num estilo setentinha – ombros em destaque, bolsos utilitário, zíperes, coletes, saias e botas em uma cartela de cores de verdes.
Dos coquetéis delicados vestidos até o joelho, com babados, flores de organza, renda guipure bordada com cristais, jacquard com arabescos, e transparências. Esses representam a vitória da luz, a celebração da espiritualidade, a diferença entre culturas que o estilista desejava passar.
Reinaldo Lourenço mais uma vez produziu uma forte imagem de moda, e ao mesmo tempo criou peças que estarão na WishList de muita gente!
Maria Bonita deu inicio ao segundo dia de SPFW no Sesc Pompéia. A inspiração não podia ser mais adequada, é a arquiteta modernista Lina Bo Bardi, criadora do espaço onde rolou o desfile. Uma coleção de formas puras entretanto minimalistas e sofisticadas tomou conta do inverno 2010 da grife.
A estilista Danielle Jensen pegou a imagem de concreto trabalhado com leveza de Lina e transformou em looks feitos com placas de tecidos encorpados, e volumes assimétricos. Das fiações e outros elementos, a estilista trouxe peças teladas, construções coloridas e transparências. Através de fendas e recortes as peças são unidas e dão nova forma ao corpo da mulher. Para dar mais riqueza ao seu excelente trabalho, Danielle se baseou na tendência do sportwear e criou abrigos e calças – estilo jogging – e um maxipull de quadrados transparentes que merece destaque. Os vestidos da coleção são fluidos, porém pesados, com recortes coloridos, alça de um lado e manga aberta no outro.
Danielle se destaca como arquiteta da moda num desfile sofisticado, bonito e especial.
Sem a ubermodel ‘nova-mamãe’ Gisele Büdchen e o galã Rodrigo Hilbert, a Colcci trouxe para as passarelas as tops Angels Alessandra Ambrósio e Izabel Goulart, e o também galã Cauã Reymond. A marca com certeza conhece seu consumidor, e cria coleções que serão sucesso de vendas.
A coleção de inverno foi inspirada em viajantes urbanos e trouxe maxi tricôs em maxi pullover, ponchos de lã, e manguinhas soltas. O militarismo também aparece aqui no uso de verdes, jaquetas jeans com volumes nas mangas e golas, e jeans skinny com lavagens detonadas. Um clima naturalista traz peles sintéticas, tecidos detonados, tié-dyes gastos em vestidos de seda e em veludos molhados.
Aparentemente uma coleção mais madura e com mais informação de moda, mas sem deixar de ser comercial.
O desfile da Rosa Chá era um dos mais esperados. E veio com um mix de roupas de mergulho com lingerie a primeira coleção feita por Alexandre Herchcovitch para marca. O que une os dois assuntos? Segundo o estilista, as peças têm que ser justas.
A partir da ideia criou biquínis, maiôs, e bodies em tons de pele e detalhes estampados como se fossem rendas pretas, como nas lingeries antigas, trazendo para a coleção um ar vintage e romântico. O fetiche também apareceu, na cor preta em maiôs, biquínis, vestidos, blusas e macacões. Estampas aquareladas em lugares específicos foram misturadas à rendas e modelagens estilo corsetaria. Através delas, ou até do patchwork de tule, as linhas do corpo foram redefinidas e remetiam à roupa de mergulho. Recortes, vazados, apliques e cristais apareceram em várias peças. E se tanta inspiração parece pouca, o grande investimento da grife são as roupas, vestidos, saias e paletós com nós enfeitando, tal ideia surgiu das cangas e suas amarrações.
A ousadia de Herchcovitch trouxe uma coleção inteligente para as passarelas do primeiro dia da SPFW. Alias já ganhou o título de desfile do dia entre os fashionistas.
Mario Queiroz inspirou-se em Londres para construir seu inverno 2010. A grande mudança foi a cartela de cores, até então raramente explorada pelo estilista, na qual os tons primários dominam, como amarelo, vermelho e azul que apareceram em jaquetas, casacos e calças de matelassê. Além deles o preto, o branco, tons de vinho e mostarda também aparecem.
Em um cenário de grafismos luminosos e partindo da desconstrução da bandeira do Reino Unido, Mario converteu as faixas em listras, xadrezes, quadriculados, e losangos. O ponto forte do estilista continua sendo na alfaiataria ousada. Fendas, coletes, calças largas, camisetas e camisas, cardigans, suéteres e acessórios como chapéus, gravatas e suspensórios. Destaque para os últimos looks. Mario trouxe para o aquecer o inverno uma coleção jovem e urbana.
Cheia de informações. Assim é definida a coleção de inverno da grife FH por Fause Haten. Numa mistura de moulage, desconstruções, estampas (onças, florais, pied de coq), tie-dye, paetês, peles, franjas, plumas, drapeados, bordados e leggings coloridas. Tudo sobreposto. O estilista define sua coleção assim: “É uma coleção de nãos. Pensamos no que nunca colocaríamos num mesmo look, e colocamos”.
Sem tema definido, o estilista colocou na passarela roupas para o dia. Calças oversized, vestidos soltos e desestruturados, casacos acinturados, saias, blusas, túnica com paetês dourado, meia calças com estampas de peles animais e leggings coloridas. O único problema de brincar de sobreposições é que muitas vezes se esconde o que deveria ser ressaltado, boas peças acabaram sendo ofuscadas pelo exagero e proporções diferentes.
Portanto, Fause Haten trouxe para sua FH o caos numa coleção contemporânea. E como não bastasse se divertir criando looks únicos, acompanhado por músicos, o estilista cantou clássicos dos anos 40. Com certeza esse desfile vai virar um clássico também na história de Fause.
A coleção de inverno de Priscilla Darolt foi inspirado no fetiche e no esporte. Do primeiro os corsets e forma tulipa. Do segundo os materiais que deram um toque futurista à coleção.
A estilista trabalhou com modelagem arquitetônica. Atraves de tiras rígidas criou casacos e vestidos. Com velcro, náilons, cadarços, couro, camurça e passadeiras de borracha montou vestidos, golas e ombros armados com a técnica de moulage. A cartela de cores é composta de branco, preto, cinza e tons de azul e roxo.
Mas Priscilla não faz apenas conceito. Vestidos de náilon justos ao corpo, ou vestidos-corsets de cetim de seda e tela de algodão com amarração nas costas, ou vestidos soltinhos com estampas de orquídea trazem o lado mais comercial da coleção. Além desses, saias lápis, blusas e blazers estampados completam o inverno 2010 da estilista. Uma coleção criativa, uma estilista a ser notada.
Se estamos acompanhando a temporada de inverno 2010, porque não se inspirar na estação oposta? Foi o que Oskar Metsavaht fez para a Osklen: trouxe o verão! Com uma abordagem pra lá de conceitual.
O começo do desfile trouxe peças que desconstruíam a forma do corpo e criava volumes. As modelos pareciam estar dentro de armaduras, ou caixas, feitas de feltro, tressês de palha de seda, e algodão. Em seguida biquínis, maios, sungas, vestidos, shorts e calças típicos do verão, mas feitos de feltro que dificultam a mobilidade. No fim do desfile vieram mais dobraduras e geometria.
A melhor parte do desfile ficou para os tricôs, que vieram tanto molinhos como grossos, com listras ou monocromático. As botas também em feltro com estamparia também merece destaque.
A cartela de cores foi predominantemente neutra com preto, off white, marrom, caqui, pontuados por laranja, rosa, vermelho.
Oskar trouxe uma coleção tão conceitual, que quase complicou, mas não perdeu suas inovações, que tantas vezes trouxeram sofisticação a Osklen.
Na Galeria do Rock a Cavalera dá inicio ao São Paulo Fashion Week reassumindo sua vocação: o rock. Com trilha ao vivo de Igor Cavalera a marca traz o tema “Sexo, Moda e Rock’n’Roll” para sua coleção de inverno 2010.
O desfile deu destaque ao jeans – peça que todo mundo adora! – com lavagens chamadas de “empretecidos” cinzas, skinny, e detalhes resinados preto e dourado. O rock’n’roll apareceu em tachas, t-shirts de bandas, moletons, e camisas nas cores pink, verde e azul que se destacam no meio do dominante preto.
Para os meninos a marca propõe a alfaiataria em lã, calças de cavalo baixo, paletós, e como estampa o xadrez largo. Já para as meninas, vem do fetiche os corsets e bordados combinados com renda, shorts e vestidos curtíssimos.
E o toque especial ficou para os modelos-personagens-reais da Galeria do Rock, que pareciam estar apenas passeando em seu habitat natural e não desfilando roupas da coleção.
A semana de moda mais esperada pelos fashionistas brasileiros começa amanhã!!! Aqui no eMeODeA você acompanha a cobertura completa!
Algumas marcas deram um gostinho do que vem por aí. Olha só!!!
Cavalera – Para o inverno 2010 a marca traz o rocker para as passarelas.
Mario Queiroz – O estilista inspirou-se em Londres para sua coleção.
Rosa Chá – Comandada por Alexandre Herchcovitch tem mix de roupas de mergulho e lingerie.
Maria Garcia – O tema do inverno 2010 da grife é “Street Chic Anos 90”.
Samuel Cirnansck – A coleção foi inspirada no mobiliário do inglês Thomas Chippendale.
Iódice – Amazonas é a inspiração do estilista Valdemar Iódice. Através de lendas, cores e imagens da floresta foi criada a coleção de inverno 2010 da marca.
Ronaldo Fraga – A coleção é uma homenagem a bailarina alemã Pina Bausch, falecida ano passado.
Fabia Bercsek – O inverno 2010 da estilista é inspirado em Joana d’Arc e Elke Maravilha.
Gloria Coelho – A coleção chamada “A Natureza Ama Esconder” vai falar do micro e do macro.
Neon – A coleção inverno 2010 é baseada no colorido Panamá.
Carlota Joakina – O tema do inverno 2010 é a arquitetura das flores.
Reserva – A coleção tem como tema a fama instantânea dos chamados ‘homens-produto’ que fazem de tudo para ter seus 15 minutos de fama.
Quer ver o line up do evento??? Olha na nossa agendinha ai embaixo!!!!
Aproveitem e entrem todos os dias aqui no blog!! Sempre terá um desfile novo no ar! Não perca!
Queridos leitores,
infelizmente não vou conseguir terminar a cobertura do Fashion Rio como comecei. Bem durante a semana do evento operei da miopia e ainda estou me recuperando. A ideia era eu conseguir fazer tudo até hoje, mas preciso ficar em repouso e não posso forçar muito os olhos, portanto a coisa se complica. Para não atrasar a cobertura do São Paulo Fashion Week, que começa nesse domingo, preferi fazer um resumão dos últimos três dias de desfiles no Rio apenas com informações básicas. Mas prometo que a cobertura do SPFW vai ser bem melhor e mais completa!! Desculpem.
A Acquastudio fez uma coleção de mulheres-vasos para o inverno 2010, inspirada na obra do vidreiro e joalheiro francês Rene Lalique. A marca mostrou formas arredondas, e com volume nos quadris. A cartela de cores traz rosês, branco e preto. Os vestidos curtos são bem mais usáveis do que os longos com formas complicadas.
Claudia Simões e Luciano Canale inspiraram-se nos trajes de atletas e ginastas para a coleção de inverno da marca que leva o nome de Claudia. Dos uniformes esportivos saiu o recorte anatômico e formas que criaram uma alfaiataria mais seca. A estilista traz um sportswear prático, cujas peças possuem recortes coloridos, uso do tecido típico para atividades esportivas o neoprene e blusas mais justas.
A Maria Bonita Extra inspira-se no texto “On The Road” de Jack Kerouac para seu inverno 2010. Bem romântica, e com sobreposições é uma coleção a qual vestidinhos delicados combinam perfeitamente com jaquetas perfecto. Com trilha ao vivo da banda Glass’n’Glue, plissados e babados em vestidos, alguns tomara-que-caia, shorts, sainhas, camisas e trench-coats desfilam pela passarela. Lã, veludo e mohair contrastam a leveza de organzas e tules.
Juliana Jabour mudou mesmo, e não quer mesmo mais ser reconhecida como a estilista da viscolycra e dos vestidos balonês fofinhos. Cada vez mais traz referencias de alfaiataria para suas coleções. Para o inverno 2010 da marca o militar vem com tudo. Os vestidos são pesados. A cartela de cores é escura, os tecidos são rígidos, os detalhes aparecem fortes em tachas e leggings de vinil. Mas como toda romântica Juliana colocou poucos babados que aparecem em lapelas, golas e mangas. E para quem gostava dos vestidos fofinhos a nova opção fica por conta dos vestidos soltinhos em tricô.
Maurício Ianês mostra na TNG seu olhar único sobre o Canadá e o Alasca. Explorando a cultura e os povos desses lugares o desfile traz peles sintéticas, náilon, lã, seda e algodão. Os xadrezes ganham nova padronagem (ainda bem!) e merecem atenção. Para as mulheres minis comprimentos (e o frio?!). Para os homens as maxicamisetas com estamparia gráfica.
O inverno da Redley inpirou-se em elementos do mundo do surf e da bike, marcando assim a volta dos megabolsos, de cordinhas, golas duplas e botões no segmento mais esportivo. O principal material é o náilon que aparece em calças, jaquetas, parkas, trenchs e vestidos. Além dele, a coleção também tem neoprene, moletom, seda e algodão. Destaque também para a estamparia e aos recortes. Os acessórios também foram bem pensados, botas e tênis de cano alto junto com mega-mochilas com dourado. A cartela de cores tem o preto, cinza, marrom, roxo, violeta, verde, vermelho e laranja. Um dos melhores desfiles desse Fashion Rio.
A R.Groove vestirá seus clientes nesse inverno 2010 com músicas do novo álbum de Carlinhos Brown “Mar Revolto” sob a forma de jeans e tricôs tecnológicos. O estilista Rique Gonçalvez mostrou peças transparentes, blazeres, calças e bermudas cheias de recortes, leggings com camisetões, casacos amplos e camisetas bem justas. O melhor ficou para os looks de jeans e moletom.
Para o inverno 2010 a marca Têca, de Helô Rocha, entra na onda de vampiros e mistura sensualidade com o sombrio. Os ombros vem com aplicações de bordados brilhantes e mangas quadradas. A silhueta no geral é justa ao corpo e os comprimentos são curtos. Os vestidinhos e boleros levemente estruturados vão agradar as consumidoras da marca.
As irmãs Camila e Bianca Bastos, da Espaço Fashion, inspiraram-se na relação espaço versus tempo para criar a coleção de inverno da grife. A partir daí, galáxias, astros celestiais e ciência se encontram. Pedrarias e bordados criam texturas simulando crateras de solos desconhecidos. Jaquetas e calças remetem aos astronautas. As peças aparecem em tafetás, sedas e jeans. Espelhos recortados aparecem em detalhes. A silhueta é arredondada e alongada, aparecem alguns curtos, e o foco (tendência!) é nos ombros. A cartela de cores representa bem o tema, azuis dos planetas, o preto do vácuo, os vermelhos das supernovas e o branca dos corpos estelares. Tais cores ao se juntarem se transformam em estampas digitais de nebulosas. Além dessa estampa, uma bela foto de eclipse é destaque na coleção tão cheia de informação.
Nica Kessler é novata no Fashion Rio e traz para o inverno 2010 uma coleção inspirada no filme “As Brumas de Avalon”. Mesmo que com alguns excessos, Nica mostrou boas idéias como os terninhos, as calças skinnys, as pantalonas, e atá as camadas de plumas entre os babados do vestido são legais. Na cartela de cores bastante tons de cinzas. Os pontos de luz ficam nas estampas.
A Patachou ganhou fama com os ricos tricôs de Tereza Santos. O desfile de verão 2007 no SPFW, marcou a saída da estilista da marca. Reestruturada pelos sócios Sandra Pires e Luiz Stangherlin e sob o comando criativo de Erika Frade, a grife volta as passarelas no Fashion Rio, menos feminina e com o tricô em segundo plano.
E a inspiração de inverno são as tempestades. Vestidinhos justos e muito curtos são os protagonistas, mesmo que bem simples. A estilista trabalhou também com drapeados em tecidos transparentes, ombros marcados por tricô, recortes e pregas dando novas formas aos vestidos. Correntes, metais, tachas e ombreiras aparecem para representar uma guerreira urbana com um toque sensual.
Andrea Marques fez sua estreia solo no Fashion Rio trazendo referências românticas do trabalho da artista plástica brasileira Malu Saddi. Linhas delicada em tons marrons, cinzas, verdes, beges, lilases e pretos. Com decotes e silhueta, Andrea mostra que entende de proporções, pesos e texturas em formas fluidas. Estampas delicadas completaram o inverno da estilista, que já se tornou desejo entre fashionistas e consumidoras.
A coleção de acessórios para inverno 2010 da New Order remete ao universo canino. Franjas aplicadas em mochilas e sapatos representam os pelos; As orelhas aparecem nas luvas; Nas amarrações dos tênis ou como correntes as coleiras; Presas viram maxi spikes aplicados em mochilas; As bolinhas de brinquedo se tornaram furos nos acessórios. Os revestimentos das peças foram feitos com pelúcia, couro e bordados. Destaque para as clutches, e para o salto com rabinho de cachorro que a modelo leva para passear com uma correntinha. Fofo. Alias é essa a palavra que define a nova coleção da New Order. Só uma observação: as roupas que foram desfiladas não estarão a venda.
“Play me” era o tema e uma das estampas do inverno 2010 da Alessa. Os instrumentos musicais foram as principais inspirações. Bordados e paetês imitando teclas de piano se misturam às estampas em harmonia. Plissados e pregas aparecem. Peças simples porém com modelagens atuais dão frescor à marca, mas sem perder a identidade.
Seda das mais diversas maneiras: sobreposta, brilhante, transparente, combinada com renda ou contrastada a matelassê ou couro. Assim foi a coleção de inverno de Graça Ottoni.
Abusando de sobreposições, patchworks e tiras, a estilista trouxe um pouco dos anos 80. Mas claro que de um modo muito mais delicado do que tal década representa em vestidos curtíssimos. Os casacos foram destaques, deram uma dramaticidade e modernizada ao mesmo tempo aos looks. Outro bem bacana foi a malha furada em cinza, usada com saia repuxada e casaco.
A cartela de cores variava entre tons claros e escuros, entre amarelos e cinzas.
A coleção mantém a marca de Graça Ottoni: sempre feminina e delicada; fazendo roupas com volumes leves e tecidos esvoaçantes.
O inverno 2010 da Cavendish vem inspirado nos campos da China, Japão e Vietnã, em especial nas colhedoras de chá. A etnia oriental se traduz em plissados e dobraduras e nos materiais naturais como lã, algodão e couro.
Como sempre romântica, Carla Cavendish mostra uma coleção leve, com cores suaves e ultra-feminina através de vestidos soltinhos, com cintura deslocada para o quadril – lembram um pouco os anos 20 – com babados, drapeados e plissados. Transparências se sobrepõem a peças com paetês.
Na cartela de cores, vermelhos, azuis, nudes e cinzas se misturam. Tudo fluido, leve e bonito.
A grife Filhas de Gaia, de Renata Salles e Marcela Calmon, trouxe para o inverno 2010 uma coleção chamada “Belo Frankenstein”. Marcela conta um pouco mais sobre: “Nos inspiramos em construção e anatomia. Nas peças, usamos volumes rígidos, localizados em pontos estratégicos, e bordados que remetem a costuras e cicatrizes”. Mas tantos looks estruturados tornaram o desfile repetitivo.
Os destaques acabaram sendo as calças sequinhas de veludo azul com blusas e bolerinhos, e os vestidos pretos com transparências desenhando os quadris, com barbatanas aparentes na estrutura do corset.
Na cartela de cores, preto, azul, cinza e off-white. Flores estampadas a la Balenciaga eram bem bonitas.
Mara Mac criou sua coleção de inverno 2010 inspirada no documentário “Mar sem Fim” do escritor brasileiro Amyr Klink. A partir daí as águas gélidas guiam todo o desfile. Com cores baixas a cartela de cores traz o azul-marinho e o verde-azulado. Para pontuar ainda tem o laranja- inspirado nos aparelhos de segurança.
O colete salva-vidas virou parka em tecido sintético impermeável. A estilista apostou em acetinados, empapelados e náilon para o inverno chuvoso. E também no sportwear com parkas, ganchos metálicos e capuzes em vestidos, macacões e casacos. Com moletons criou vestidos, trench-coat e até blazer, com corte de alfaiataria, todos lindos. No final do desfile vestidos estampados com o mar.
Um inverno leve, para dias chuvosos, próprios para um país tropical.
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